Encurtando uma história que podia ser muito mais desenvolvida, alguém cá de casa convenceu-me, apesar da minha opinião irredutível (de uma irredutibilidade, como se vê, à Portas...), a comportar-me como um dos admiradores incondicionais de Astérix que, enquanto se manifestam publicamente contra a degradação progressiva da qualidade das suas aventuras, acabam sempre por comprar os álbuns, presos à tradição. E foi mais ou menos por isso que eu comprei Astérix entre os Pictos, quase como uma imposição para me legitimar a dizer mal dos novos autores.
Ao lê-lo, entre outras críticas, surpreendi-me a olhar para um quadro (acima) onde Obélix aparece a gabar salmão em papelotes, ao mesmo tempo que constatava aquilo que me parece óbvio mas que escapará ao argumentista: mas o Obélix não gosta de peixe! Foram dezenas de aventuras em que Obélix nunca manifestou qualquer predilecção pela mercadoria de Ordralfabétix e, mesmo na maior patuscada que o vi comer em alto mar (abaixo - A Grande Travessia), só lá vejo um pargo assado perdido no meio dos frangos, de um leitão e de variadíssimos enchidos...
Juro que parei nessa vinheta. Sem verbalizar, também achei muito estranho ver o Obélix comer peixe e gostar (vidé A Grande Travessia)
ResponderEliminarNão percebo porque é que os actuais continuadores de Astérix não criam heróis e histórias alternativas, em vez de adulterarem a marca de Uderzo e Goscinny.
ResponderEliminarO que mais me encanitou foi a troca de nomes.
ResponderEliminarNão percebo a intenção de dar novos nomes aos presonagens como Decanonix, Matasetix, Cacofonix e Boapinta.
Se é para dar um toque pessoal então sigam a sugestão da Sofia
Esses novos nomes que o Fernando refere já têm uns anos e foram uma criação da nova editora portuguesa de Asterix.
ResponderEliminarPortanto trata-se de uma questão de tradução e nada terão a ver com os autores desta nova aventura.