Gostaria de enfatizar previamente quanto a escolha de Rui Machete para a pasta dos negócios estrangeiros, cerca de 28 anos depois de ter desempenhado as suas últimas funções como governante, me parece assemelhar-se a uma daquelas escolhas de recurso, em mais um dos processos de remodelação governamental que entre nós conseguem ser sempre interpretados como mais uma manifestação de degenerescência política do executivo.
Posto isto, torna-se perfeitamente inaceitável como, quase em simultâneo com a notícia do nome dos nomeados, aparecem histórias sórdidas sobre o seu passado. Parece confirmar-se a existência por aí de uma data de factos conhecidos de um número restrito de cidadãos, graves de acordo com o que vem redigido pelas notícias, mas que só têm importância levar ao conhecimento público se o implicado se dispuser a ocupar cargos políticos de responsabilidade. E o inverso também é verdadeiro: quem desocupa os cargos sofre de imediato um alívio total nessa pressão, constate-se por exemplo o desinteresse em continuar a avaliar os resultados da política financeira prosseguida por Vítor Gaspar depois de ele se ter demitido.
O resultado é aquilo que parece ser uma chantagem permanente sobre quem se disponha a desempenhar cargos públicos e, se não é difícil adivinhar o interesse dos rivais políticos por detrás de todas essas manobras, também é fácil constatar quanto é indispensável a cumplicidade dos agentes da informação para a activação/desactivação destas manobras de ataque ao carácter dos rivais mal eles entram em campo.
Posto isto, torna-se perfeitamente inaceitável como, quase em simultâneo com a notícia do nome dos nomeados, aparecem histórias sórdidas sobre o seu passado. Parece confirmar-se a existência por aí de uma data de factos conhecidos de um número restrito de cidadãos, graves de acordo com o que vem redigido pelas notícias, mas que só têm importância levar ao conhecimento público se o implicado se dispuser a ocupar cargos políticos de responsabilidade. E o inverso também é verdadeiro: quem desocupa os cargos sofre de imediato um alívio total nessa pressão, constate-se por exemplo o desinteresse em continuar a avaliar os resultados da política financeira prosseguida por Vítor Gaspar depois de ele se ter demitido.
O resultado é aquilo que parece ser uma chantagem permanente sobre quem se disponha a desempenhar cargos públicos e, se não é difícil adivinhar o interesse dos rivais políticos por detrás de todas essas manobras, também é fácil constatar quanto é indispensável a cumplicidade dos agentes da informação para a activação/desactivação destas manobras de ataque ao carácter dos rivais mal eles entram em campo.
Concretamente, neste caso de Rui Machete e das suas associações ao BPN e ao BPP, caso ele esteja implicado, então há muito tempo que o estará, mas sem que o facto - com muitos outros nomes de implicados - tenha sido realçado devidamente pela comunicação social como lhe competiria. A verdade é que a política que existe não poderia parecer a porcaria que é sem o jornalismo de porcaria que cultivamos.
A fotografia foi retirada daqui.
1º lugar: os criminosos do bpn têm de "ir dentro", mas Machete cometeu algum crime?!
ResponderEliminarJá cá faltava os media virem com a "ligação polémica" de mais uma figura da direita ao BPN… porque será que o jornalismo não faz este tipo de linchamento com as figuras da esquerda ligadas ao BPN?! (ver link)
Isto para não falar que foi a “esquerda” - Sócrates e T. Santos, lembram-se? - quem nacionalizou o banco e a cobertura das fraudes cometidas com dinheiro dos contribuintes…
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/02/uma-arma-de-arremesso-politico-chamada.html