15 julho 2013

FRUTA TÍPICA DE VERÃO

Ao ouvir Jerónimo de Sousa pronunciar-se sobre a moção de censura a apresentar pelos Verdes como se fosse (e é!...) decisão da sua organização apenas se demonstra como nos momentos de crise se dispensam encenações, mesmo que elas já tenham antiguidades respeitáveis: o Partido Ecologista Os Verdes já tem 31 anos, mas nunca deixou de ser considerado por todos como uma mera excrescência comunista que permite a estes últimos fingir que são mais - em organizações - do que aquilo que realmente são - em pessoas. Na situação presente o expediente revela-se mais uma vez compensador por permitir aos comunistas apresentar ainda uma outra moção de censura suplementar, mas não deixa de ser irónico ouvir comentadores televisivos das mesmas paragens políticas próximas dos engenhosos, como acontece com Daniel Oliveira (ex-bloquista e ex-comunista), a criticar Cavaco Silva por não se dispor a ouvir formalmente os outros dois partidos com representação parlamentar quando formalmente (e a eles convir-lhes-ia respeitar essa encenação dos Verdes) os partidos com esse estatuto que o presidente se dispensou de ouvir são três: PCP, BE e PEV.

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