Nunca a cobertura noticiosa da actualidade política portuguesa terá sido tão pletórica. Todavia, aquilo que se vê com nitidez serão apenas os bandos cada vez maiores de analistas, comentadores e politólogos, dispersos e acessórios como os pássaros em fundo. As imagens dos verdadeiros protagonistas continuam tão esborratadas como a do lavador desta janela: passar-se-ão meses, senão anos, até a opinião pública conseguir decidir se a recente decisão da demissão de Paulo Portas foi emocional ou orquestrada. A fotografia, datada de 1972 em Nova Iorque, é de Harold Feinstein.
Emocional ou orquestrada, a história o irá confirmar. Todavia, as consequências não esperam pela história, tal como a sujidade não espera que a janela se lhe ofereça. Belíssima imagem, belíssima metáfora!
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