Como aconteceu nas meias finais do Campeonato do Mundo de Futebol de 2006, mais uma vez Portugal e Itália interpõem-se naquela que parece ser a composição desejável da final de um Campeonato de Futebol. A novidade deste Euro 2012 é que essa composição já não se deduz, foi prestimosamente anunciada pelo desbocado Michel Platini. Acontece que em 2006 essa final desejável (Alemanha - França) não teve lugar: se a França conseguiu superar Portugal com um golo alcançado através de uma grande penalidade - inquestionável! - a Alemanha desperdiçou a sua grande penalidade - também inquestionável! - diante de Buffon e foi arrastada para um prolongamento onde o acaso fez das suas numa última jogada ao cair do pano... São estes pequenos imponderáveis - que culminaram com a cabeçada de Zidane e o título dos italianos - que mostram que os azares ainda acontecem e dão interesse à coisa porque, no futebol de topo da actualidade, as marcas do placard do estádio, por estarem arredondadas, não contam a verdade toda: esta tarde, a acreditar em certos factores, a Espanha poderá entrar em campo a ganhar por uns 0,25 a 0...
Nota: Se, entre hoje e amanhã, Platini acertar na sua previsão não se livrará dos comentários irónicos sobre como, para uma próxima vez, não será preciso mobilizar tanta gente, tantos recursos e tantas selecções; ele convida a dupla que entender e, numa tarde, o título europeu fica entregue...
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