Nos finais da década de cinquenta, o líder soviético Nikita Khrushchev (acima) estava intimamente convencido que no futuro o seu país iria ultrapassar os Estados Unidos. E, com ele, a restante liderança soviética… As biografias vieram comprovar que era por convicção que Khrushchev produzia aquelas tiradas de um humor feroz que se tornaram célebres, como aquela em que ele reclama a vitória na corrida para a Lua mas concede que os norte-americanos haviam batido os soviéticos na arte de fazer salsichas (abaixo).
A verdade é que nem aí os soviéticos estavam dispostos a perder. A fotografia abaixo é da TASS e data de 1958, mostrando-nos uma loja soviética bem abastecida de produtos e com electrodomésticos (um fogão e uma máquina de lavar roupa), num sinal de que era objectivo da propaganda soviética naquela época desafiar a supremacia norte-americana no próprio campo do consumo e conforto doméstico. Este preâmbulo é importante para enquadrar as circunstâncias em que se veio a travar o famoso debate da cozinha de Julho de 1959.
O pretexto próximo de tal evento foi uma Exposição Nacional Americana organizada em Moscovo que contou com a presença do então Vice-Presidente Richard Nixon. Tratava-se de uma retribuição a uma Exposição soviética que tivera lugar em Nova Iorque no princípio daquele ano e qualquer delas podia ser vista como a continuação da Guerra-Fria por outros meios... A presença de Nixon em Moscovo não era acidental e a visita de Nikita Khrushchev à exposição demonstrava por sua vez que o pleito era aceite…
O debate teve o epicentro diante de um stand com uma cozinha modernamente equipada, ocasião propícia para que os dois, através dos intérpretes, tivessem uma conversa de surdos a respeito das vantagens dos respectivos sistemas e das deficiências do sistema antagonista. Muito mais importantes que as palavras foram, porém, as poses fotográficas, tanto mais importantes quanto mais assertivo era o discurso, declamado com a segurança de que o interlocutor não percebia directamente nada do que se lhe estava a ser dito...
A verdade é que nem aí os soviéticos estavam dispostos a perder. A fotografia abaixo é da TASS e data de 1958, mostrando-nos uma loja soviética bem abastecida de produtos e com electrodomésticos (um fogão e uma máquina de lavar roupa), num sinal de que era objectivo da propaganda soviética naquela época desafiar a supremacia norte-americana no próprio campo do consumo e conforto doméstico. Este preâmbulo é importante para enquadrar as circunstâncias em que se veio a travar o famoso debate da cozinha de Julho de 1959.
O pretexto próximo de tal evento foi uma Exposição Nacional Americana organizada em Moscovo que contou com a presença do então Vice-Presidente Richard Nixon. Tratava-se de uma retribuição a uma Exposição soviética que tivera lugar em Nova Iorque no princípio daquele ano e qualquer delas podia ser vista como a continuação da Guerra-Fria por outros meios... A presença de Nixon em Moscovo não era acidental e a visita de Nikita Khrushchev à exposição demonstrava por sua vez que o pleito era aceite…
O debate teve o epicentro diante de um stand com uma cozinha modernamente equipada, ocasião propícia para que os dois, através dos intérpretes, tivessem uma conversa de surdos a respeito das vantagens dos respectivos sistemas e das deficiências do sistema antagonista. Muito mais importantes que as palavras foram, porém, as poses fotográficas, tanto mais importantes quanto mais assertivo era o discurso, declamado com a segurança de que o interlocutor não percebia directamente nada do que se lhe estava a ser dito...
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