27 novembro 2011

¡AL PAREDÓN!

Pertence ao escritor francês Antoine de Saint-Exupéry uma das sínteses mais conseguidas sobre a Guerra Civil de Espanha (1936-39) quando ele comparou a atitude complacente com que, durante os anos da guerra, se fuzilavam os adversários políticos ao acto corriqueiro de se abaterem árvores...
O gesto de aprisionar o suspeito (mais acima) era frequentemente apenas o preâmbulo do acto de encostar o prisioneiro a uma parede (o paredón...) para o passar pelas armas. E, caindo na rotina, o gesto veio a assumir um tal significado que se chegaram a fuzilar símbolos como a estátua de Cristo (abaixo)
Mas para perceber a banalização da expressão ¡al paredón! nada se sobrepõe ao impacto desta fotografia tirada por Agustí Centelles em 1937, onde se percebe como as próprias crianças da época acabaram por vir a incorporar inocente e meticulosamente aquele ritual macabro entre as suas brincadeiras…

2 comentários:

  1. Ainda hoje há muita boa gente (de "boas famílias) que trazem consigo estampada em camisolas a fotografia (icon) daquele santo que resolvia as contendas também no "Paredón".
    Se seu nome Che.

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  2. Em relação a Che Guevara e como se costuma dizer: quem com a espada mata, pela espada morre...

    Quanto ao resto, já ninguém se lembra das revoluções que ele quis promover no Congo ou na Bolívia, fiascos clamorosos e há que reconhecer que a fotografia do Alberto Korda está muito bem conseguida...

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