Tendo prestado as declarações e esclarecimentos que ele entendeu, a verdade elementar é que, como costuma dizer alguém que eu conheço, Cavaco Silva acabou por se sair muito mal daquilo tudo... Tudo é o Caso BPN. A questão da compra das acções da SLN é perfeitamente inexplicável, a não ser que aceitemos que Cavaco Silva se prestou a empochar uns dinheiritos por cortesia de José Oliveira e Costa (embora agora não o possa assumir…) ou, em alternativa, que Cavaco Silva é um ingénuo que nem se lembrou de verificar o preço de referência das acções onde aplicou 250.000 € das suas poupanças¹.
Contudo, acontece que Cavaco Silva já foi a votos depois desses factos se tornarem conhecidos e, muito por demérito da oposição com que então se defrontou, foi reeleito para um novo mandato. E, nos dias que correm, desmentido os teóricos das coabitações à direita e à esquerda que se prestam a sintonias entre governo e presidente, Cavaco Silva ter-se-á tornado no expoente da oposição. Ora, no jornalismo de microfone, onde o respeitinho continua a ser muito bonito, só um incentivo adicional doutras áreas do poder me parece justificar estas indiscretas perguntas a Cavaco Silva sobre Duarte Lima…
Só quem anda desapercebido não reparou ainda como está declarada uma guerra surda entre a presidência e o governo, representando cada um sua facção num espaço político que não estará ideologicamente muito distanciado entre as duas, mas que discordam nas opções tácticas. Essa guerra civil tem algumas manifestações evidentes. As questões a Cavaco Silva a respeito de Duarte Lima são uma delas, as críticas ostensivas ao excesso na composição das comitivas presidenciais durante as visitas ao exterior são outra. Mas poderá haver manifestações menos evidentes, como esta fotografia que apareceu subitamente.
Foi de uma oportunidade impar juntar assim Cavaco Silva, Dias Loureiro e Duarte Lima! E não deixa de ter o seu pitoresco que, na guerra civil, tenham sido sobretudo blogues cujos autores ostentam as suas simpatias socialistas ou comunistas os primeiros a pegar na fotografia como arma de arremesso política tal qual ela apareceu, despojada de legenda e/ou grandes explicações, como se os pecados dos retratados se pegassem por contágio... É uma precipitação porque, como se vê pelo caso abaixo, andará sempre por aí uma fotografia desconhecida que servirá para conspurcar qualquer alvo (aqui Guterres) que se queira abater…
Só quem anda desapercebido não reparou ainda como está declarada uma guerra surda entre a presidência e o governo, representando cada um sua facção num espaço político que não estará ideologicamente muito distanciado entre as duas, mas que discordam nas opções tácticas. Essa guerra civil tem algumas manifestações evidentes. As questões a Cavaco Silva a respeito de Duarte Lima são uma delas, as críticas ostensivas ao excesso na composição das comitivas presidenciais durante as visitas ao exterior são outra. Mas poderá haver manifestações menos evidentes, como esta fotografia que apareceu subitamente.
Foi de uma oportunidade impar juntar assim Cavaco Silva, Dias Loureiro e Duarte Lima! E não deixa de ter o seu pitoresco que, na guerra civil, tenham sido sobretudo blogues cujos autores ostentam as suas simpatias socialistas ou comunistas os primeiros a pegar na fotografia como arma de arremesso política tal qual ela apareceu, despojada de legenda e/ou grandes explicações, como se os pecados dos retratados se pegassem por contágio... É uma precipitação porque, como se vê pelo caso abaixo, andará sempre por aí uma fotografia desconhecida que servirá para conspurcar qualquer alvo (aqui Guterres) que se queira abater…
Cavaco Silva sair "muito mal" é uma força de expressão. Talvez os bolsos se pudessem queixar, mas o tecido aguentou!
ResponderEliminarQuanto às "boas" companhias, são elas os pilares do sistema: os fundos têm que vir de algum lado...