
Todavia, mais interessante do que a fotografia (que, ainda por cima, foi digitalmente retocada, retirando dela pessoas e edifícios que lhe perturbavam a estética…), será decerto a identidade do comprador da peça de arte que, por aquilo que pagou e como Ricardo Salgado ou Paulo Azevedo alguns postes mais abaixo, mostra ser daqueles que têm dinheiro demais para que não se torne incómodo qualificá-los como uns meros imbecis…
Existem aqueles que investem em Arte, o que requer uma cultura certa.
ResponderEliminarOs que têm uma certa cultura... só marram!
De facto, esta foto não me parece ter nada de especial. E, ainda por cima, tratada digitalmente, já nem corresponderá ao enquadramento original.
ResponderEliminarE a foto que antes desta era considerada a mais valiosa do mundo -- vide “Untitled #96”. fotografia de Cindy Sherman, vendida por US$ 3,89 milhões -- também não me parece grande espingarda.
O que me palpita é haver quem, aconselhado sabe-se lá porque que críticos de arte, tudo compram, desde que lhes garantam ser aquele um grande investimento.
Por algum motivo não quer o Joe Berardo que lhe reavaliem a coleção -- é que aqueles ativos olhados com olhos de ver perderiam provavelmente uma boa parte da sua valorização.
Este comentário de Rui Esteves toca num ponto que também me assaltou a memória...
ResponderEliminarEstive, vai, não vai, para acabar o meu comentário com uma saudação:
"Hello, Joe Berardo!", mas achei que não valia a pena bater mais no ceguinho!
O Joe só merece essa atenção porque houve quem lha desse.
ResponderEliminarNesse caso particular da colecção foi aquele senhor que está a estudar filosofia em Paris que interveio pessoalmente no caso, desautorizando " en passant" a ministra da Cultura.
Foi um episódio muito instrutivo: sobre os alicerces da fortuna de Joe Berardo, sobre a deontologia política de José Sócrates e sobre os traços de carácter de Isabel Pires de Lima.