
Alguém, presumivelmente um seu inimigo pessoal, ficou encarregue de escolher as fotografias para figurarem nos cartazes eleitorais concelhios do PS, onde Mário Lino aparecia, como cabeça de lista à Assembleia Municipal, com uns dentes amarelados e uma expressão de alguém que inspira muito pouca confiança.
Enfim, pode ser marketing e que seja a inclinação do eleitorado do município simpatizar com tal tipo de pessoas… O que pretendo destacar e justificar é esta minha má predisposição para com o ministro das obras públicas, que todas as vicissitudes subsequentes do episódio da Ota e do TGV nada fizeram para melhorar. Quando Mário Lino fala, eu, instintivamente, ponho a mão na carteira.
Há uns poucos de dias, lembro-me de ter lido num Diário de Notícias a notícia de uma intervenção na Galiza em que Mário Lino dava mostras de um iberismo entusiasmado. Curiosamente a notícia não teve grande desenvolvimento, mas também é verdade que rapidamente (em meia dúzia de horas) desapareceu da versão on-line do DN.
Até reaparecer em todo o seu esplendor e muito comentada aqui na blogosfera, a partir de um jornal galego: o Faro de Vigo. Contrariamente a muitos colegas de outros blogues não estou surpreendido nem indignado com a apaixonada profissão de fé de Mário Lino. As opiniões são livres e eu já gastei toda a minha indignação com o descaramento do episódio Pina Moura.
Mas estou curioso. Depois desse exemplo de um seu ilustre antecessor, haverá alguma empresa espanhola que esteja disposta a oferecer a Mário Lino um confortável cargo de direcção, quando ele deixar de ser ministro?
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