14 setembro 2020

QUANDO O COMENTÁRIO POLÍTICO É UMA PALHAÇADA A QUE FALTA APENAS O NARIZ VERMELHO AO PALHAÇO...

Comecemos pelo óbvio: António Costa cometeu uma asneira das grossas, ao integrar a comissão de honra da candidatura de um tipo tão manjado quanto Luís Filipe Vieira. Está a apanhar pancada da opinião pública e também de alguma opinião publicada, e é bem feito. Nem todos se manifestam, mas esses silêncios também têm o seu significado - o de Jerónimo de Sousa, do Chicão, de André Ventura, como já aqui assinalei. Contudo, em complemento a isso, quero agora escrever sobre o oposto: o caso dos que disseram coisas e, a bem da decência e da vergonha dos próprios, deviam ter ficado muito caladinhos. É o caso de Luís Marques Mendes, que é o protagonista daquele programa de comentário político cuja subsistência é um mistério. Já lá aconteceram as análises mais aberrantes, previsões completamente desmentidas nos dias seguintes, tudo o que derrubaria a reputação de Luís Marques Mendes, mas o programa, apesar de tudo isso, misteriosamente (ou não....) subsiste. Ontem, a estrela do comentário político da SIC Notícias também apanhou o autocarro das críticas a António Costa. «Um erro de palmatória». «Passa a ideia de promiscuidade entre política e futebol». Claro... Vejamos, só por acaso, a composição da comissão de honra do mesmo Luís Filipe Vieira ao mesmo cargo quando se candidatou há onze anos. São 168 nomes, dos quais a notícia de então faz questão de destacar alguns, entre os quais... «o político Marques Mendes». Pois... É uma daquelas situações tão flagrantemente ridículas que não há mais nada a acrescentar... A não ser, talvez, e com toda a pertinência, que em 2009, António Costa era presidente da Câmara de Lisboa, e não consta que fizesse parte dessa tal outra comissão de honra de Vieira, numa nota adicional implicitamente crítica para a conduta actual de Fernando Medina...  

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