Antecipando a provável eleição de Hillary Clinton no próximo dia 8 de Novembro, a revista The Economist concebeu este mapa a respeito da ocupação dos cargos de chefe de Estado e de Governo por mulheres. Em que países isso já aconteceu e por quanto tempo? Foi parte de um tema que há pouco abordei aqui no Herdeiro de Aécio. Para chamar a atenção para a pioneira centro-africana Elisabeth Domitien (1975-76)... que foi (mais uma vez) esquecida (também) pela The Economist! Outro esquecimento, mais evidente para nós portugueses, foi o caso de Maria de Lurdes Pintassilgo (1979-80). Mas os autores do mapa, para além de esquecidos foram também criativos, aprecie-se o caso da China, onde aparece uma mulher durante quatro anos a dirigir o país nestes últimos 50 anos. Formalmente não houve ali nenhuma mulher a ocupar tais cargos, mas estar-se-ão eles a referir a Jiang Qing, a mulher de Mao? Mas, então, se a latitude da selecção é essa, porque não incluíram então Isabel dos Santos, a filha do presidente angolano? Não restem quaisquer dúvidas que ela tem mais projecção e importância do que qualquer primeiro-ministro homem daquele país... Enfim, um mapa tão negligente quanto discutível nos critérios.
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