A situação peculiar de dez anos de Durão Barroso como presidente da comissão desabituaram-nos do que era mais comum, mas convém recordar-nos de que um dos fringe benefits de se ser comissário europeu é dispor-se de um staff promocional do titular que costuma funcionar de forma eficaz... e vocacionado para o seu país de origem. Não nos ficaram na memória muitos comissários estrangeiros de outras comissões, mas haverá quem se lembre que João de Deus Pinheiro tinha uma agenda sobrecarregadíssima enquanto António Vitorino era de uma competência reconhecida em toda a Europa; tanta era a competência que ela acabou virando-se contra o próprio, quando o quiseram fazer potencial candidato a tudo. Agora parece ter tocado a vez ao comissário Carlos Moedas que, com uma regularidade premeditada, aparece na comunicação social portuguesa a dizer coisas interessantíssimas e... patrióticas. Quiçá seja ele o nosso próximo salvador da pátria. Ao contrário do slogan do turismo, que nos propunha que se fosse para fora cá dentro, há quem se proponha andar cá por dentro estando lá fora...
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