Há precisamente cem anos, a 26 de Novembro de 1916, o couraçado francês Suffren e o submarino alemão U-52 cruzaram-se ao largo da costa portuguesa . O primeiro dirigia-se para Norte, para o porto francês de Lorient, depois de ter estado dois anos envolvido em operações contra os turcos nos Dardanelos. O submarino alemão vinha para Sul, discretamente (como é característico, aliás, daqueles navios), juntar-se à flotilha que os alemães estavam a constituir no Mediterrâneo, no porto de Cattaro (actualmente Kotor, Montenegro), em apoio às operações navais do seu aliado Austro-Húngaro. O encontro foi acidental, desenrolou-se rapidamente e teve um desfecho trágico.
Embora muito menor, foi o submarino de 700 toneladas e 36 tripulantes que disparou os primeiros torpedos quando ambos os navios se encontravam a cerca de 90 km das costas portuguesas, quase à Latitude de Peniche, (acima). Um dos torpedos acertou precisamente num dos paióis de munições do couraçado de quase 13.000 toneladas, causando uma explosão enorme e o afundamento do navio em menos de um minuto. O submarino alega ter procedido a buscas mas não encontrou nem um dos 648 tripulantes que faziam parte da guarnição do Suffren. Ao contrário do comandante que não sabia se devia ou não afundar o Serpa Pinto, o Capitão-Tenente Hans Walther terminou a guerra como um dos ases dos submarinos.
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