09 março 2014

TO-ZÉ E OS OUTROS...

Em Julho de 1945 uns britânicos ingratos votaram expressivamente pela substituição do líder (Winston Churchill) que os levara à vitória na Segunda Guerra Mundial. Um novo primeiro-ministro (Clement Attlee) e uma nova equipa dirigente trabalhista reaparecia (havia lá estado durante o governo de guerra de 1940 a Maio de 1945) à frente dos destinos do Reino Unido e da Commonwealth. Numa época em que a coreografia era de uns poucos grandes – os Três que se haviam reunido na Conferência de Potsdam, os Quatro que haviam assinado a derrota alemã em Berlim – a comunicação social inglesa criara a imagem dos Big Five do Partido Trabalhista. Acima, de cima para baixo e da esquerda para a direita, por ordem alfabética: Clement Attlee (1883-1967), Ernest Bevin (1881-1951), Stafford Cripps (1889-1952), Hugh Dalton (1887-1962) e Herbert Morrison (1888-1965). Ora, concorde-se na avaliação que se faz à nossa actual equipa governamental portuguesa e passe-se à fase seguinte, a da necessidade da sua substituição, e pense-se, por arrastamento, em quem é que pode ser a equipa de To-Zé Seguro… E isso angustia.

As fotografias, excepto a de Dalton, são de Yousuf Karsh (1908-2002).

2 comentários:

  1. É uma angústia existencial... Como é possivel o P.S. ter um líder assim!

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  2. Ah, mas quanto ao PS não há dúvida: houve 24.000 militantes socialistas que o preferiram a Francisco Assis.

    O problema é que, tal qual as coisas estão formatadas, as preferências dos militantes do PS condicionam as do país. Para mim e para lá da retórica que costuma acompanhar a expressão, a minha preocupação é mesmo o país.

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