O gangster nova-iorquino Dutch Schultz chamava-se na realidade Arthur Flegenheimer e era de ascendência alemã (não holandesa como a alcunha sugere) e religião judaica, embora tenha morrido católico romano. Com ele, a engenhosidade de o apanhar por fraude fiscal, como aconteceu na (demasiado) propagandeada história do que o FBI fez com Al Capone, não funcionou: Schultz contratou o reputado advogado James M. Noonan, que fora um antigo promotor estadual em Albany, a capital do estado de Nova Iorque (abaixo, ao lado do seu cliente),…
…que o conseguiu fazer ser julgado à fraude fiscal numa remotíssima terreola (Malone) do estado, onde foi absolvido (fotografia inicial) a 2 de Agosto de 1935, quatro dias antes de completar 34 anos. Mas vivia-se depressa naqueles tempos e naqueles meios. Passados dois meses e meio, a carreira de Dutch Schultz era encerrada de outra forma num restaurante de Nova Jérsia. Oficialmente foram rivais e ninguém teve pena. Eram tempos difíceis, hoje esquecidos, esses onde, na falha da formal, existia uma certa tolerância por certas formas heterodoxas de justiça.
Sem comentários:
Enviar um comentário