Segundo um comunicado emitido pelo ministério da Defesa português, foi determinada que se procedesse à retracção dos meios militares que haviam sido destacados para Cabo Verde em antecipação a uma eventual intervenção na Guiné-Bissau. Acho particularmente feliz o emprego da palavra retracção: eu costumava associá-la a um certo fenómeno físico que ocorre na fisiologia masculina por dentro dos calções de banho quando se vai para a água na praia e o termo adequa-se perfeitamente como contraponto ao marialvismo (que costuma estar associado com essa mesma área fisiológica...) como o destacamento dos meios e até mesmo uma eventual intervenção das tropas chegaram a ser anunciados inicialmente pelo ministro dos Negócios Estrangeiros. Mas na retracção, nota-se que Paulo Portas, que é um político experimentado, terá preferido ceder o protagonismo a José Pedro Aguiar Branco…
Já há vários dias que a eventual alternativa da CPLP a essa disposição portuguesa inicial para participar presencialmente na solução do problema guineense, o destacamento militar angolano de 270 homens presente em Bissau, pegara nas suas imbambas (ou bicuatas, para não sermos acusados de tribalismo¹…) e mostrara a sua decisão inequívoca de sair da Guiné. Depois do rotundo fracasso da CPLP, a procura de uma solução passara em exclusivo para a CEDEAO, a tal organização regional a que já aqui me referira recentemente a propósito do problema maliano. Vem mesmo a propósito associar os casos do Mali e da Guiné-Bissau pela sua semelhança, tratando-se ambos de regimes saídos de golpes militares que foram condenados unanimemente pela comunidade internacional, mas onde não se nota vontade e/ou capacidade para lhes pôr cobro… Já nem é um caso para o Vítor Gaspar, só mesmo para a Ana Gomes!...
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