06 maio 2012

E SE, EM VEZ DE LIÇÕES DE INTEGRIDADE, FOSSEM «DAR BANHO AO CÃO»?!...

As notícias não são importantes apenas pelo seu conteúdo, muitas vezes são-no também pelo seu autor. Quando vejo uma notícia mimeticamente reproduzida por vários jornais (acima) clamando que a Cunha está institucionalizada entre governantes, desperta-me de imediato a curiosidade, àparte a sofisticação do vocabulário, sobre o que possa qualificar o autor da opinião sobre a de um banal taxista de Lisboa. Depois constato que ela é a síntese de um relatório que irá ser apresentado na próxima Segunda-Feira por uma organização que se intitula Sistema Nacional de Integridade (SNI) Mas de onde aparece o tal de Sistema? Quem o compõe? De onde lhe vem a autoridade moral? Como se financiam? E, por fim, quem é que está à espera que os jornalistas cumprissem o seu dever de nos esclarecer estas dúvidas?...
É estranho como elas se têm ultimamente multiplicado e que quando se procura saber quais são as fontes de financiamento deste género de organizações que aparecem do nada com nomes aparentemente respeitáveis (Observatório, Barómetro) tona-se difícil tirar qualquer coisa a limpo sobre elas. Neste caso, e para me cingir à questão mais importante, a dos financiamentos, a única referência que encontrei nas designações múltiplas onde o Sistema parece diluir-se foram as trivialidades estatutárias que aparecem na imagem de cima. O que para uma organização que prega integridade e transparência é demasiado opaco. Para comparação, junto abaixo uma página de uma organização similar, o IPATIMUP, que não pretende dar lições de moral aos outros, mas nos mostra limpidamente de onde o dinheiro lhes vem…  

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