É possível identificar no último relatório publicado internacionalmente pela Amnistia Internacional a coragem das convicções deles contra a opinião esmagadora de milhões. Atitude que é sempre de saudar. O exemplo internacional mais evidente de tal dissonância com a opinião predominante é a opinião ali expressa que a execução de Bin Laden no Paquistão em Maio passado foi um acto ilegal.
Pode ser que haja quem proponha sardonicamente que se devia ter esperado pelos membros da delegação paquistanesa da Amnistia, para que fossem eles a correr os riscos que os militares armados do comando que executou Bin Laden não quiseram correr, dando-lhe a voz de prisão que até poderia ter sido acatada. Afinal assiste à direcção da Amnistia o direito de presumir (e não há forma de a contradizer...) que, desde que tratado com civismo, Ossama Bin Laden até se podia comportar com a civilidade de um Anders Breivik…
Porém, não me parece que a Amnistia tenha abordado o assunto com a imparcialidade que se lhe exige quando refere apenas a ilegalidade da execução de Bin Laden. É que, quanto a legalidades, era importante relembrar que para a operação que ele patrocinou houve vários regulamentos municipais nova-iorquinos que foram infringidos: por exemplo, aquela que impedia voar tão junto dos edifícios altos…
Sem comentários:
Enviar um comentário