24 maio 2012

A EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DE ABRIL


…esse esforço está a ser feito e os resultados estão a ser conseguidos. A receita que vem evidenciada neste boletim de execução orçamental (Fevereiro) – como já tinha sido referenciado no mês passado a propósito da execução do mês de Janeiro e como voltará a ser evidenciado quando em Abril forem conhecidos os resultados de Março – terá sempre o desvio face àquilo que está orçamentado que há medidas que estão incluídas – sobretudo ao nível dos impostos netos(?), como é o caso do IVA – que só se reflectirão por inteiro – dado o regime de contabilidade que existe na maior parte das empresas, que é um regime trimestral – só estará reflectido na execução orçamental até Abril. Portanto só em Maio é que teremos uma notícia correcta dos efeitos das medidas que adoptámos no orçamento para este ano, aaah…, aaah…, na execução orçamental. (Pedro Passos Coelho em Março de 2012)
 Os tais dados referentes à tão ansiada execução orçamental de Abril foram tornados públicos ontem. Acima aparece o cabeçalho da notícia do Jornal de Notícias sobre o assunto, ainda antes de retoques. E veja-se o contraste com os cabeçalhos (e as fotos) das notícias de hoje (abaixo, a do Jornal de Negócios) quando a notícia já foi devidamente trabalhada pela malta do costume. As declarações de Passos Coelho de há dois meses com que começo o poste demonstram, não só que isto não era o esperado, como até que Passos Coelho não contava encontrar-se agora nesta situação quando então chutou a bola  para a frente, para a execução que seria conhecida daí por dois meses. O facto de não existir alternativa credível a esta equipa governamental não significa que não possamos reconhecer quando, em termos de controlo das finanças públicas, os seus modelos macroeconómicos estão errados e não aderem à realidade e quando em termos de execução, se anda à deriva, va-ga-ro-sa-men-te... à deriva.

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