Acho que todos conhecem a anedota do cavalo do escocês, aquele cavalo que – como se lamentava o dono – tinha morrido precisamente quando tinha aprendido a viver sem comer. Não me surpreende ler a mesma história ressuscitada e devidamente adaptada na perspectiva de João Bartolomeu, o inqualificável presidente da União de Leiria. Ele nem percebe o que aconteceu: quando os jogadores da equipa de futebol já estavam há quatro meses sem receber é que resolveram agora insubordinar-se…
O que me surpreende ler são as declarações do responsável – se a palavra tiver algum significado… – da Liga. Afirmando por um lado que a decisão dos jogadores foi soberana no sentido de não jogar, atitude que não é criticável, pois estão no direito deles, acaba por desdizer-se ao considerar estranho os jogadores não se disporem a receber metade do que os jogadores pediam, para concluir, escancarando as portas às teorias da conspiração que, com a sua decisão, não recebem aparentemente nada.
Os dirigentes do futebol são o que se lê acima: uma merda. Só que, em paralelo, temos a cobrir estes acontecimentos fora das quatro linhas uma imprensa futebolística (dita desportiva) que se mantém pujante na forma encarniçada como defende as suas cores, mas que continuam uns pândegos incompetentes. Apercebe-se que neste episódio haveria vários aspectos informativos que valeria a pena explorar mas onde não se mexe, não é em vão que é Rui Santos o intelectual do ramo, o que se destaca da mediocridade…
Sem comentários:
Enviar um comentário