19 maio 2012

A INUTILIDADE DAS FLORES E DAS PALAVRAS BONITAS

 Esta Crise é muito séria e portanto já não há a paciência de outrora para as proclamações recheadas de palavras bonitas que se sabe não significarem absolutamente nada. A esquerda livre, a esquerda plural, a esquerda lírica, a esquerda sólida, a esquerda pronunciada-de-voz-cava-à-Manuel-Alegre, tendem a revestir-se do significado daquele último traque soltado na casa de banho... Para mais, depois de décadas em que a manipulação da palavra na política adulterou os conceitos – como liberdade ou democracia – para chavões significando tudo o que se quiser.

2 comentários:

  1. Inteiramente de acordo.
    Entre palavras e actos vai uma distância enorme, principalmente quando as palavras não têm qualquer conteúdo. E isto passa-se muito mais com a esquerda festivaleira (duvido que o PCP embarcasse em palavras vâs; é preciso saber ler) do que com os outros.

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  2. O que me parece é que algumas figuras mais ambiciosas da esquerda "festivaleira" (para empregar a sua expressão) viram o exemplo grego com o crescimento da esquerda dissente do PASOK e lançaram mais esta sonda "à PRD" para perceber em que "paravam as modas".

    Durante anos houve um certo equívoco mas, no seguimento das últimas eleições legislativas, percebeu-se que o Bloco era coutada pessoal do nosso Savonarola moderno - ainda hoje se está para atribuir as responsabilidades internas pela perda de metade da votação e da representação...

    O que me surpreende são alguns nomes na lista de signatários, que eu pensava que tinham mais juízo: Nuno Artur Silva, por exemplo. Ou é isso (falta de juízo) ou então é vergonha de não serem considerados de esquerda... pela esquerda, a tal!

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