Ao contrário da maioria dos caças da concorrência, o F-22 Raptor (acima) é um avião feio. Porém, como se arroga pertencer a uma nova geração (a quinta) de aparelhos para essa finalidade, talvez estejamos perante uma geração de aviões feios. E sofisticados. E caríssimos. Calcula-se que o F-22 tenha um custo de produção unitário que rondará os 120 Milhões de €. Mesmo os Estados Unidos só se puderam dar ao luxo de construir 195 unidades deste avião quando, num passado mesmo recente, os caças das suas esquadrilhas se contavam por milhares. E o F-22 foi concebido para enfrentar um avião inimigo que ainda não existe e que, aos preços em vigor, se arrisca a nem vir a existir.
Este exemplo do F-22 faz-nos ressuscitar exemplos do passado, de impérios opulentos em fases onde já se temia pela decadência e quando se escreviam tratados militares onde se tentava sistematizar os conhecimentos militares dos períodos áureos da expansão e/ou se preconizavam sistemas de armas cada vez mais sofisticados como resposta às novas ameaças. Na Roma dos finais do Século IV apareceu o Tratado de Ciência Militar de Vegécio (abaixo) e na China da Dinastia Song, em meados do Século XI, um grupo de sábios elaborou o Wujing Zongyao, incluindo uma das fórmulas originais da pólvora. Ambos os impérios desapareceram mas não por causa da sofisticação das armas dos inimigos…
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