É tão (ou talvez mais) difícil de explicar às actuais gerações o que era uma televisão a preto e branco quanto o pormenor de que essas televisões funcionavam sem telecomandos... Uma geração foi assim habituada à fidelidade ao que estivesse a dar, não apenas porque na maioria das vezes não havia outra alternativa mas também porque, mesmo quando a houvesse, era um aborrecimento levantarmo-nos para ir à televisão carregar no botão para saber qual era. Este anúncio da AEG de 1974 prometia-nos uma novidade: sensores em vez de botões, dóceis, obedientes, ultra-compreensívos, funcionam através duma simples carícia. Não nos poupando a viagem, apenas a intensidade do gesto, realce-se também uma certa megalomania: o aparelho tinha oito sensores instalados enquanto havia apenas duas opções disponíveis, 1º e 2º canal...
Também existiam os "telecomandos" familiares e eu tinha três: as crianças que brincavam na sala e a quem pedia que mudassem de canal...
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