Como se pode ler no cabeçalho do Le Parisien Libéré acima, Dien Bien Phu caiu a 7 de Maio de 1954. Naquele dia e daquele modo encerravam-se as hipóteses de subsistência de uma estrutura política que preservasse a supremacia da França na Península da Indochina. Diga-se que, a derrota francesa e a Operação Castor que a precedeu, já foram analisadas e comentadas um número exaustivo de vezes que apontam para um veredicto mais ou menos consensual: o alto comando francês cometeu inúmeros erros tácticos - alguns deles muito graves e com implicações directas no desfecho da batalha.
A análise realizada pelos próprios franceses é – naturalmente – bastante mais complexa e faz uma distinção entre causas para a derrota na Batalha de Dien Bien Phu e para a derrota na Guerra da Indochina. Assim, na perspectiva dos próprios e de forma sucinta, a sua derrota nesta última dever-se-ia ao facto de se tratar de uma guerra de uma natureza diferente das anteriores. Do lado francês descurara-se, não só a motivação dos combatentes, como sobretudo a acção psicológica junto das populações civis em nome das quais se combatia. E prometia-se: se, quanto a isso, o poder político falhara no Vietname, na Argélia os militares dispunham-se a encarregar-se eles próprios do assunto…
Foi assim que apareceu um novo exército francês muito mais polivalente na Guerra da Argélia, muito mais estudioso das Ciências Sociais e dedicado às tarefas administrativas e no qual o seu homólogo português se foi inspirar quando se viu envolvido, por sua vez, nas Guerras de África a partir de 1961. Pelo contrário, durante aqueles mesmos anos (de 1950 a 1980) os exércitos de inspiração anglo-saxónica mantiveram uma separação entre o que era de índole política e social e o que era militar nos conflitos similares¹ que travaram. No computo global, as duas abordagens distintas não pareceram determinantes para o desfecho de qualquer daqueles conflitos, numa esmagadora maioria das vezes em prol das teses nacionalistas. Mas o melhor deste assunto serão mesmo as alusões subtis a ele quando feitas nas aventuras de Astérix…
A análise realizada pelos próprios franceses é – naturalmente – bastante mais complexa e faz uma distinção entre causas para a derrota na Batalha de Dien Bien Phu e para a derrota na Guerra da Indochina. Assim, na perspectiva dos próprios e de forma sucinta, a sua derrota nesta última dever-se-ia ao facto de se tratar de uma guerra de uma natureza diferente das anteriores. Do lado francês descurara-se, não só a motivação dos combatentes, como sobretudo a acção psicológica junto das populações civis em nome das quais se combatia. E prometia-se: se, quanto a isso, o poder político falhara no Vietname, na Argélia os militares dispunham-se a encarregar-se eles próprios do assunto…
Foi assim que apareceu um novo exército francês muito mais polivalente na Guerra da Argélia, muito mais estudioso das Ciências Sociais e dedicado às tarefas administrativas e no qual o seu homólogo português se foi inspirar quando se viu envolvido, por sua vez, nas Guerras de África a partir de 1961. Pelo contrário, durante aqueles mesmos anos (de 1950 a 1980) os exércitos de inspiração anglo-saxónica mantiveram uma separação entre o que era de índole política e social e o que era militar nos conflitos similares¹ que travaram. No computo global, as duas abordagens distintas não pareceram determinantes para o desfecho de qualquer daqueles conflitos, numa esmagadora maioria das vezes em prol das teses nacionalistas. Mas o melhor deste assunto serão mesmo as alusões subtis a ele quando feitas nas aventuras de Astérix…
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