Thomas Woodrow Wilson (1856-1924) foi eleito o 24º presidente dos Estados Unidos em 1912, há precisamente 100 anos. Mas, observando a fotografia acima, atendendo à sua dentição, não nos restam dúvidas que actualmente nem conseguiria ser eleito para chefe de turma. A querer prosseguir uma carreira política, Wilson teria hoje que fazer como
faz Miguel Relvas,
colando-se a alguém que transmita a imagem que não tem…

Cerca de cinquenta anos passados, a fotografia é de outro Wilson, este agora do outro lado do Atlântico,
Harold Wilson (1916-1995), que foi primeiro-ministro britânico de 1964 a 1970. E, conforme se pode apreciar pela combinação de fotografias com o
antes e o
depois, a época já se mostrava suficientemente atenta às ciências que despontavam para que se investisse tanto no
hardware – a dentição – quanto no
software – o discurso.

Aquele processo veio a ser repetido por milhares de políticos depois disso,
incluindo Paulo Portas. Não sei se os
actuais especialistas de imagem já deduziram uma fórmula algébrica que calcule o
valor eleitoral de cada dente imaculadamente brilhante, mas a evidência mostra-nos que qualquer candidato moderno de sucesso tem que exibir uma compostura dentária igual à de um modelo de campanha publicitária de um dentífrico…