24 janeiro 2012

PARTIDO REGENERADOR

O Partido Regenerador foi um dos dois principais partidos políticos durante a fase constitucional da monarquia portuguesa. Formou-se em consequência do Movimento Cartista e veio a representar a ala conservadora do espectro político português de então. Foi o partido que esteve na área do poder durante mais tempo desde 1851, data da sua fundação, até à sua extinção em consequência da Revolução republicana de Outubro de 1910. Durante esse período, as formações políticas que com ele alternavam foram o Partido Histórico e (que mais tarde se veio a converter n)o Partido Progressista.
Os regeneradores ocuparam o poder de 1851 a 1856, 1859-60, de 1871 a 1877, 1878-79, de 1881 a 1886, de 1893 a 1897, de 1900 a 1904 e por alguns meses em 1906. Para além disso os regeneradores ocuparam ainda o poder numa coligação alargada com os seus grandes rivais da altura, os históricos, entre 1865 e 1868. Presidentes do Conselho da fase terminal da monarquia como João Franco ou Teixeira de Sousa (que presidia ao governo em Outubro de 1910) haviam sido também originalmente regeneradores, mas nessa época, o partido, enquanto tal, parecia não se ter adaptado à evolução social entretanto registada.
As imagens referem-se a três bustos existentes na Assembleia da República: do Duque de Saldanha, fundador do partido, de Fontes Pereira de Melo, provavelmente o seu líder mais carismático e de Hintze Ribeiro, o seu último grande dirigente, a quem me referi num poste recente, o que foi um pretexto para este pequeno resumo da história do partido regenerador, lembrando que as organizações políticas também podem vir a desaparecer quando se fecham sobre si mesmas e não se adaptam às evoluções da sociedade que as cerca. Exemplo à atenção dos praticantes actuais que tenham leitura política…