
Neste nosso Portugal onde a nossa natural negligência nos conduz a uma tradicional – mas
pitoresca, reconheça-se acima o
eterno carrinho das castanhas e o elevador do princípio do século passado… –
obsolescência tecnológica, este
zelo célere como se está a pretender desligar a velha rede de emissores de televisão (abaixo) – para mais com
os problemas sociais que o processo entretanto parece suscitar – parece ser qualquer coisa de profundamente desajustada da nossa mentalidade tradicional.

A explicação para esse
zelo, quando existe
, só aparece no fim das notícias: o Estado já vendeu as frequências em uso à
PT, à
Sonaecom ou à
Vodafone e vendeu-as
desocupadas. Isto é portanto uma operação
tecnológica de
despejo dos inquilinos pobres. Só isso pode justificar esta atitude tão
antinatural – já que estamos a falar a respeito da televisão do
antigamente – como
um preto de cabeleira loura ou
um branco de carapinha, para usar os exemplos inesquecíveis de
naturalidade dados pelo anúncio do
Restaurador Olex…
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