02 outubro 2006

TV NOSTALGIA – 13

Depois do meu poste anterior, escrevendo agora mais objectivamente e a sério – se estas expressões puderem fazer algum sentido quando referentes aquela série... – sobre Soap, é uma feliz coincidência que o cardinal 13 (do azar) da TV Nostalgia lhe tenha ido parar. Porque era uma série onde tudo acontecia e tudo o que acontece numa novela tem de ser mau, para chamar a atenção do espectador, tirando o casamento final mas aí também já não interessa nada, porque a novela está mesmo a acabar.

O que havia de peculiar em Soap – talvez um dos maiores segredos do seu sucesso – é que, no elenco de personagens, ninguém batia bem, o que impedia o tradicional processo usado nas novelas de identificação por simpatia do espectador com uma das personagens. A excepção era Mary Campbell, a única pessoa mentalmente sã de todo o conjunto, que lá estava como uma espécie de válvula de segurança para quem quisesse seguir aquela novela da mesma forma como se seguem as outras.

Mas, na minha modesta opinião, o grande segredo da série estava no domínio da técnica da escrita para televisão. No post anterior tive ocasião de recordar a forma impar como um episódio começava, usando uma qualquer palavra-chave, que era explorada até à exaustão, o que tornava ainda mais absurdas as peripécias já de si completamente absurdas que se haviam passado no episódio anterior, culminando no clímax: Confuso? Vai deixar de o estar depois de seguir mais este episódio de … Soap!

2 comentários:

  1. Esta é uma das minhas séries preferidas de todos os tempos!

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  2. É indiscutivelmente um dos packs de DVD que se levavam para a ilha deserta!

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