17 outubro 2006

ALICE, MAS NÃO SEI BEM EM QUE PAÍS…

Não calhou fazê-lo no blogue até agora, mas para o enquadramento deste poste é conveniente esclarecer que considero a ideia das taxas de internamento da Saúde de Correia de Campos como irrecuperavelmente estúpida. E repito o advérbio, irrecuperavelmente, para frisar que julgo que ali não há explicação adicional que Correia de Campos possa prestar que anule a opinião que se trata de um processo de sacar mais dinheiro aos utentes do SNS à má fila.

Feita esta necessária introdução sobre a matéria em causa, agora gostava que me esclarecessem sobre uma notícia de destaque do Diário de Notícias de hoje cujo primeiro parágrafo é este: Carlos César recusa aplicar nos hospitais públicos dos Açores a taxa de internamento criada pelo ministro da Saúde, Correia de Campos. O primeiro esclarecimento incide sobre o estilo, que me faz lembrar estranhamente o de um outro presidente de governo regional. Era mesmo assim que Carlos César pretendia fazer passar a sua mensagem para o continente?

O outro esclarecimento incide sobre o tempo dos verbos empregues na redacção da notícia. Estou a deduzir mal se dessa redacção extrair que a taxa de internamento já foi criada, já está em vigor e que Carlos César se recusa a aplicá-la nos hospitais públicos açorianos? Ou estou a antecipar as coisas? Deve ser nestas ocasiões que se torna mais fácil perceber como a actividade política e o jornalismo que dela se alimenta parece viver num mundo de intenções e manobras parecido com o saído da imaginação de Lewis Carroll

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