Esta é uma factura discriminada de uma execução resultante de uma sentença de um Tribunal Popular da Alemanha nazi (Volksgerichtshof). O executado chamava-se Erich Knauf (1895-1944). Fora condenado à morte por «sabotar a moral militar e denegrir a pessoa do Führer.» Aparentemente alguém o denunciara por falar demasiado alto e dizer coisas demasiado provocadoras quando a população se concentrava nos abrigos anti-aéreos, durante os bombardeamentos. A execução - por decapitação - teve lugar a 2 de Maio de 1944. A factura, na importância total de 585,74 Reichmarks foi enviada à sua viúva, Erna, residente então na Manfred-von-Richtoffen-Strasse nº 13, em Berlim. Não consegui apurar se chegou a ser paga. Só há uma entrada na wikipedia a respeito deste assunto, na versão em inglês, e, falando dos casos modernos da China e do Irão, não refere este exemplo histórico da Alemanha nazi.
Como é possível um Estado executar um cidadão, seja qual for a razão, e enviar a factura das despesas à sua família, é uma coisa que me ultrapassa.
ResponderEliminarCara Sofia,
ResponderEliminarPessoas é talvez uma ideia levada ao extremo. Mas no campo das ideias políticas correntes, repito correntes, em uso no presente, e um mero corolário do pensamento doutrinário em políticas de saúde animal em que, em alguns casos, quando o dono do animal é visto pelo governo como “mal comportado” e um “perigo para o tecido produtivo”, então legisla-se por forma a dar poderes ao estado para deter animais doentes e/ou em sofrimento, abate-los, e depois passar uma factura ao dono o qual tem responsabilidade criminal -criminal, não cível - de pagar essa factura...
No Brasil não são poucos os "bem educados" que defendem esse procedimento.
ResponderEliminarEm todo o Mundo haverá quem defenda este procedimento.
ResponderEliminarO que o Brasil terá de diferente é que consegue reunir 58 milhões de eleitores para eleger alguém que defenda esse procedimento. São esses colectivos que fazem a História dos povos.