01 agosto 2019

«PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS.»

1 de Agosto de 1919. Diante da invasão romena, o governo soviético húngaro colapsa. Foi uma das cópias do regime russo que alcançara o poder nos países derrotados logo depois do fim da Primeira Guerra Mundial e que também não durou muito. Hoje ninguém se lembra dele, assim como não sabe, por exemplo, do governo soviético da Baviera. A maioria dos membros desse governo (acima), a começar pelo seu líder (informal), Béla Kun (1886-1938, o que aparece assinalado), exila-se. A experiência comunista durara precisamente 133 dias, sempre em condições periclitantes, mas atribui-se ao mesmo Béla Kun, uma pessoa pujante, com os seus cento e vinte quilos, e inegáveis dotes oratórios, a descrição mais cega e despropositada a respeito da solidez do regime: «A minha influência pessoal no governo revolucionário é tal que a ditadura do proletariado está firmemente estabelecida, já que as massas me apoiam». Basófias que a História comprovou. Muitas declarações, interessantes umas, ridículas outras, foram proferidas e escritas pelos dirigentes comunistas nesta época em que eles se concebiam a si próprios como estando ungidos pela predestinação da História. Há é que atribui-las correctamente: a frase do título, por exemplo, não foi escrita por Lenine, já tinha mais de 70 anos em 1919...

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