06 agosto 2019

ESTRONDO SÓNICO

6 de Agosto de 1969. Há cinquenta anos, a equipa de acrobacia aérea da marinha dos Estados Unidos, os Blue Angels, ensaiava o seu tradicional show de exibição, quando um dos seus pilotos se terá desorientado numa das manobras e, com isso, atrasado em relação aos seus companheiros de formação. Quando acelerou para se recolocar, ultrapassou a velocidade do som (Mach 1), provocando aquilo que se denomina por estrondo sónico (frequentemente designado por bang). Só que o piloto teve tanto azar, que, quando o fez, o seu Phantom estava apenas a 100 metros do solo e, por baixo, estava a cidade canadiana de Kelowna... O bang não só assustou a população como, sobretudo, deu cabo de um número incalculável de vidros por toda a cidade... Foi mais do que um tremendo desastre de relações públicas para a US Navy, foi um desastre colossal internacional de relações públicas para a marinha norte-americana, que teve relutantemente de assumir os estragos, não apenas os vidros partidos, mas também as consequências pessoais para quem fora atingido pelos estilhaços e precisara de tratamento hospitalar. A proeza acrobática custou uns € 930.000 a preços actuais, mas o que é para mim mais engraçado é aproveitar a ocasião para recordar como essa mesma proeza era evocada na BD de aviação daquela época, sem essas aborrecidas consequências de saber quem pagaria pelos estragos.
As duas primeiras pranchas são de Buck Danny, numa história em que o herói comandava precisamente os Blue Angels, a última prancha é de uma história de Tanguy e Laverdure).

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