07 agosto 2019

A BATALHA DE BOYACÁ

7 de Agosto de 1819. Foi o dia em que se travou a batalha de Boyacá, na Colômbia, a 130 km a nordeste de Bogotá. Opuseram-se as tropas insurrectas, comandadas pelo incontornável Simón Bolívar, às tropas que permaneciam fiéis às autoridades coloniais espanholas, a esmagadora maioria de recrutamento local, mas comandadas por oficiais espanhóis. O confronto saldou-se por uma inequívoca vitória dos republicanos rebeldes, assentando-se com essa vitória os pilares da efectiva independência do que seria um estado efémero, a Grã-Colômbia, entidade que se viria a desagregar em quatros países actuais: a Colômbia, a Venezuela, o Equador e, quase cem anos mais tarde, o Panamá. Uma curiosidade sobre estas batalhas de há 200 anos travadas no Novo Mundo: o número irrisório de soldados que eram empenhados pelos beligerantes: em Boyacá houve menos de 3.000 efectivos a combater por qualquer dos lados (compare-se isto com a batalha de Waterloo, que acontecera apenas quatro anos antes e onde 73.000 franceses haviam enfrentado 68.000 anglo-holandeses). O número de baixas foi, proporcional e felizmente, ínfimo quando comparado com as batalhas europeias: 13 mortos entre os vencedores e uma centena entre os vencidos. Estas batalhas tornaram-se simbólicas para as nações que nasceram em consequência delas (abaixo, uma foto actual do monumento), mas a verdade é que elas não teriam passado de pequenas escaramuças pelos padrões militares das guerras napoleónicas. Mas refira-se que os costumes do Novo Mundo sublimavam essa abstinência de sangue com uma crueldade que era desconhecida entre as aristocracias do Velho: todos os 37 oficiais espanhóis que se renderam após a batalha foram depois fuzilados.

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