O vídeo acima já circula pelas redes sociais há uns três meses. Foi colocado logo depois do início da crise do Sporting e recupera uma entrevista de 2016 onde aparece um Bruno de Carvalho a falar de si mesmo na terceira pessoa, prometendo censurar os seus próprios excessos. Dadas as circunstâncias, é patético. Mas, dado que é carnaval futebol, ninguém leva a mal. Mas o que estranho, nos milhentos comentários indignados que invariavelmente se seguem às variadas publicações do vídeo que fui encontrando, é que, até agora, nunca dei por nenhum que chamasse a atenção para a gaffe do presidente que, a certa altura (0:30), emprega a expressão «o maior da Cantadeira» quando o que ele quereria dizer era «o maior da Cantareira» (Cantareira: bairro do Porto onde se exibia o Chico Fininho). Ora este é o género de gaffe linguística que se regista num clube que, por coincidência, possuía (na época) um treinador que era precisamente famoso pelas gaffes... Que se pode acrescentar? Tal presidente, tal treinador? Ou que o primeiro, não sendo rústico como o segundo, pode ser tão ignorante quanto ele? Ou que só faz sentido gozar com a ignorância dos rústicos? Ou ainda que há um certo género de gaffes que estão para além da compreensão da massa dos associados e do resto do mundo do futebol?...
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