12 agosto 2018

...E SE O DOMINGO ESTIVER CHATO, HÁ SEMPRE A OPINIÃO SURREAL DE JOÃO MARQUES DE ALMEIDA...

Já não é a primeira vez que, com aquele mesmo título acima, venho aqui notar quanto as opiniões de João Marques de Almeida vêm, com o seu humor involuntário, salvar um Domingo politicamente aborrecido. O humor desta crónica, fino como sempre, concentra-se naquela passagem em que o autor se refere, logo ao início mas à vol d'oiseaux, ao «novo partido de Santana Lopes». A finura do humor deve-se ao facto de, há apenas sete meses, João Marques de Almeida ter sido mais um de entre muitos que se engajaram na campanha de Pedro Santana Lopes para a presidência do PSD (abaixo), uma campanha que, merece a pena recordar (mais abaixo), teve por mote: Unir o Partido, Ganhar o País. Ora os factos aí estão a demonstrar que, e ainda a respeito desse mote, para Pedro Santana Lopes, a unidade do partido só teria sido importante se ele tivesse ganho o partido... Como perdeu, é o que se está a ver...
Mas o julgamento sobre as atitudes de Santana Lopes recairão sobre o próprio. Ele que se encarregue de fazer pela vida. Agora, de toda aquela horda que ainda há sete meses se manifestava a seu favor é que não se ouve nada. Ou melhor, porque o contraste é enorme, o silêncio é ribombante. E é aqui que um passarinho como João Marques de Almeida se destaca, porque, ao não ter memória daquilo que ele próprio escreve, pressuporá que os outros a não tenham também. Ora, neste caso, quase todos aqueles que estiveram com Santana Lopes acabaram agora politicamente encornados. Isso já todos percebemos. O que torna a cena ainda mais cómica são as relutâncias actuais de Marques de Almeida e de tantos outros como ele em reconhecer os chifres (políticos) que ostentam...

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