Pedro Santana Lopes é uma espécie de Madonna da política portuguesa. Os dois não têm talento algum a não ser que talento seja uma indiscutível capacidade para se imporem nas notícias. Porém, como não têm talento, aquilo que se noticia a respeito deles não são verdadeiras notícias mas coisas que se escrevem a seu respeito. Contudo, para que essas banalidades passem impunes, têm que contar com a negligência cúmplice da opinião publicada para que esta não diga o que muitas vezes é óbvio. Por exemplo, este fim de semana Pedro Santana Lopes escreveu uma carta de despedida aos militantes do PPD/PSD. Muitos órgãos de informação se referiram à carta, mas só o Observador a publicou na íntegra. Ninguém estará interessado em lê-la. E, como recorda a letra de Viriato do Cruz na inesquecível canção de Fausto, Namoro, o que é mais importante numa carta como essas é que ela seja em papel perfumado e escrita com letra bonita. Quanto ao que contém, isso será o menos. Eu também confesso que não lhe prestei atenção, até alguém me ter alertado de como uma das suas passagens passaria por um símbolo perfeito do que é o estilo Santana Lopes...Na área do texto assinalada acima, veja-se como Pedro Santana Lopes nos diz que «quer sublinhar quatro áreas», para, logo no parágrafo que se segue, enumerar cinco! Não dei por que alguém mencionasse o lapso, que me fez lembrá-lo na cerimónia de posse do seu governo em Julho de 2004, a passar aceleradamente as páginas do seu discurso sem as ler, só porque estava muito calor. Não sendo má pessoa, o homem não tem categoria nem emenda...
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