12 fevereiro 2015

A GUERRA DOS «TWEETS»

Mais do que o da Ucrânia, um outro campo de batalha da guerra ideológica que dilacera a Europa é o dos tweets, terreno difícil onde me sinto desconfortável porque não vocacionado para parecer ser inteligente numa frase compactada a algumas palavras (abreviadas ainda por cima). Mesmo assim, consegui lá encontrar quem conseguisse dizer-nos capítulos sobre a falta de objectividade como uma das facções da opinião publicada (...em tweets) em Portugal (não) consegue avaliar as manobras dos gregos. Como se lê num comentário de Peter Spiegel, jornalista do Financial Times (a quem já neste blogue traduzi parcialmente um artigo sobre as manobras que derrubaram Papandreou em 2011) e a quem se reconhece a prorrogativa de assistir distanciadamente às nossas querelas, os portugueses também já se haviam manifestado fortemente contra as propostas de flexibilização orçamental apresentadas por Renzi (o 1º ministro italiano). Debilita-os de uma forma terrível em termos internos. Até de Bruxelas (local de trabalho de Spiegel) se percebe que esperar contenção de discurso a Cavaco Silva ou mudanças de comportamento de Passos Coelho são anacronismos, e isso só piora entre a comitiva dos cortesãos que apanharam o autocarro em 2011. Porque, mesmo nada tendo a dizer na disputa que se trava, todos eles (Cavaco, Passos, a tribo...) estão a jogar muito mais - sobretudo em credibilidade e em cargos de destaque - do que aquilo que se dispõem a admitir.

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