22 de Setembro de 1979. A edição desse dia do Diário de Lisboa trazia para destaque da sua primeira página uma proposta apresentada pelo PCP à sua organização satélite, o MDP, para que os dois se apresentassem conjuntamente ás próximas eleições legislativas, marcadas para princípios de Dezembro. Cinco anos depois do 25 de Abril, aquela que fora a formação de fachada dos comunistas durante o Estado Novo, o MDP/CDE, já se dera a mostrar em toda a sua submissão ao que fossem os interesses do PCP. Alguns militantes deste último (figuras de segunda linha como Vítor Dias), que haviam militado no MDP/CDE (como controleiros, numa espécie de comissão de serviço), já haviam regressado à sua base natural. Que o MDP/CDE não possuía autonomia política alguma tornara-se em 1979 num segredo de polichinelo. E, contudo, persistia-se como se percebe por esta manobra de promoção política a que o Diário de Lisboa (jornal da cor) se prestara. Na verdade, naquele amanhã que é proposto pelo título do jornal, de que hoje se completam precisamente 38 anos, não abundariam corações palpitantes, angustiados em adivinhar qual o sentido da resposta do MDP/CDE. Este(s) não tinha(m) opinião.
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