Mesmo aqueles que se vêm obrigados a concordar com as reduções de salários e pensões apresentadas para o próximo orçamento, não têm apresentado argumentos muito mais desenvolvidos a justificá-las do que a necessidade imperiosa de reduzir o défice publico em largas centenas de milhões de euros. É por isso que medidas que se anunciem e que tenham um impacto contrário a esse imperativo precisam ser justificam detalhadamente e não podem ser apresentadas com a leveza borbulhante do qualificativo de notícias positivas como se pode ler acima na notícia publicada nos altos & baixos do caderno de economia do Expresso.
Lê-se mais adiante (p.14) no mesmo caderno que o governo estima que a redução da taxa de IRC de 25 para 23% acima enaltecida acarrete uma diminuição da receita fiscal de 70 milhões; noutro local (p.10) que o corte nos pensionistas se estima em 891 milhões. A pergunta que se impõe, ideológica, é a razão para que Paulo Núncio tenha optado por vir a transferir no próximo ano aqueles 70 milhões dos bolsos dos pensionistas para as caixas das empresas. A resposta, que eu suspeito impopular, é importante e seria só mediante ela que o jornalista Pedro Lima teria condições para colocar o secretário de estado onde quisesse na sua coluna de altos & baixos…
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