Um dos fringe benefits da pasta da Defesa sempre foi o titular aparecer nas fotografias dos jornais com uns funcionários superiores do ministério uniformizados, mostrando-se tradicionalmente atentos à pessoa e palavras de sua excelência, o ministro. Já houve quem tivesse passado pela pasta e se tivesse esmerado em pôr à prova, sem sucesso, essa urbanidade institucional de generais e almirantes, um feito de armas quando se pensa em Carlos Brito ou Rui Pena, que será digno de rivalizar com os pergaminhos de Aljubarrota. Mas a fotografia acima, tirada esta semana, em que o actual titular, José Pedro Aguiar Branco, tenta arrancar, em vão, um sorriso às altas patentes dos três ramos das forças armadas que o cercam, parece ser emblemática da excepcionalidade da situação militar actual e da fraca conta em que o titular da pasta é tido. Tanto assim que, à semelhança de outras racionalizações orgânicas para redução da despesa ocorridas no passado, já não se pode excluir que na racionalização da próxima remodelação governamental, por sugestão de um qualquer assessor da escola Carlos Moedas que tivesse brincado com Action Mans quando era novo, não apareça um novo superministério com os pelouros da Administração Interna, Caça, Defesa e Tudo o mais que tiver a ver com armas de fogo…
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