Deu-se a coincidência do desfecho da eleição papal do papa Francisco ter coincidido com o fim do processo de transição de poderes na China, concluído com a tomada de posse do novo presidente Xi Jinping. A notícia não se reveste do efeito da novidade da eleição do primeiro papa extra-europeu em mais de treze séculos, mas dificilmente se compreenderá a disparidade do tratamento noticioso dos dois eventos, tendo em conta que, se o primeiro vai ser o líder espiritual dos 1.300 milhões de católicos, o segundo irá ser o líder político dos 1.300 milhões de chineses, acidentalmente a segunda maior potência global e em vias de desafiar a hegemonia norte-americana. É nestas circunstâncias, consideradas as importâncias intrínsecas que os assuntos têm, que se percebem as fronteiras que o jornalismo, pela sua própria natureza, nunca conseguirá transpor…
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