Numa comédia musical de 1982, intitulada Victor/Victória, Julie Andrews
desempenha o papel de uma actriz talentosa mas na miséria até que alguém se
lembra de a fazer passar por um actor que faz números de travesti. A sucessão
de fingimentos – ela finge ser um ele que em palco finge ser uma ela – é uma
ideia imaginativa e que é muito bem explorada, mas a aparência da actriz (acima) enquanto
disfarçada de homem é inverosímil se fosse para ser levada a sério.
Já houve
quem evocasse o reconhecimento da fisionomia de Julie Andrews como explicação para
o relativo fracasso de não a ter conseguido transformar num Vítor credível ao
longo do filme. E eu não descarto que esse insucesso possa ter sido deliberado.
Mas a opinião original pode ser facilmente contrariada apreciando estas duas
fotografias de actrizes travestidas da autoria de Herb Ritts: acima é Hilary Swank
e abaixo uma quase irreconhecível Michelle Pfeiffer.
Por esta vez o título do poste estava também travestido: o Vítor não era o Gaspar a vitória não era
sobre o regresso aos mercados.
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