Como se pode
comparar nas duas fotografias constantes do poste, não há nada mais parecido com as
formações nebulosas características de um furacão do que as de outro furacão. Esclareça-se
que, na verdade, meteorologicamente pode haver variadíssimas diferenças mas a
que quero realçar nada tem a ver com meteorologia e faz-se pelos contornos (reconhecíveis
nestas fotografias) das áreas por onde eles passam. No da fotografia de cima reconhece-se a ilha de Cuba, a península da Florida e sobretudo a Costa Leste dos Estados Unidos: trata-se
do furacão Sandy que em finais de Outubro passado atingiu aquele último país, enchendo com o facto antes, durante e depois a comunicação social local e mundial, deixando atrás de si um rasto de destruição e pelo
menos 253 mortos nos sete países que atravessou.
Na segunda fotografia, suspeito que só os mais treinados em geografia reconhecerão por debaixo das nuvens as costas do norte da Nova Guiné ocidental. A este furacão, surgido em finais de Novembro e ainda activo, deram o nome de Pablo ou Bopha. Apesar de nos pareceram idênticos no formato os especialistas consideraram este muito mais violento do que o Sandy: numa escala crescente (SSHS) de 1 a 5, o que atingiu os Estados Unidos tinha apenas um grau 1 quando ali chegou, enquanto o Pablo chegara ao grau 4 quando atingiu as Filipinas. Não surpreende por isso que até hoje estejam confirmadas 647 mortes e haja ainda 780 desaparecidos… só nas Filipinas. Mas a pergunta importante para que se reflicta quanto à forma como a opinião pública é alimentada põe-se assim: já se tinha dado conta da destruição do Pablo? Ou ele há sofrimentos... e sofrimentos?...
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