08 julho 2010

A MORTE, O FUNERAL E A SUCESSÃO DE ESTALINE

Iossif Vissarionovich Djugashvíli morreu nos princípios de Março de 1953 com 74 anos. Como acontece em qualquer estado totalitário, a morte de Estaline desencadeou as maiores manifestações de consternação e pesar e um grande funeral, como se pode observar no vídeo abaixo, onde não falta aquele pormenor do cortesão mais ambicioso que aproveita uma aberta para ajudar ao transporte do caixão, tarefa que estava protocolarmente reservada a uma elite selecta…

Numa sociedade tão reservada, estratificada e formal como a sociedade soviética, a disposição dos cortesãos nas cerimónias importantes (como era o caso deste funeral de estado) que nos podia informar sobre qual seria a correlação de forças – é deliciosa esta expressão clássica do jargão comunista!... – dentro da cúpula dirigente do aparelho. Tentar antecipar quem seria o sucessor de Estaline passava por identificar quem seguia atrás do seu caixão (abaixo).
Na primeira fila e de mais longe para mais perto da objectiva do fotógrafo pode-se identificar Vyacheslav Molotov, Nikolai Bulganin, Lazar Kaganovich, Kliment Voroshilov, Georgy Malenkov, Zhou Enlai (realce-se o destaque que foi concedido ao dirigente chinês...), Lavrenty Beria e Nikita Khrushchev. O penúltimo foi fuzilado. Foi o último a ficar com a herança, conseguindo afastar os restantes mas sem os ter executado, uma vitória política que fora até então inédita na União Soviética…

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