(Republicação)
11 de Janeiro de 1944. Os jornais anunciam o fuzilamento de cinco dignitários fascistas que haviam votado pela deposição de Mussolini numa célebre reunião do Grande Conselho Fascista que tivera lugar a 24 de Julho de 1943. Nesses seis meses, a Itália concluíra um armistício com os Aliados que a ocupavam em parte (a Sul), fora ocupada pelos alemães na parte restante e acabara declarando guerra à antiga aliada Alemanha. Entretanto, Mussolini, que fora preso em Julho pelas novas autoridades italianas, fora libertado em Setembro pelos alemães e fundara um governo alternativo no Norte do país. Nesse frenesim houve quem tivesse sido apanhado do lado errado da frente de combate, o que acontecera àqueles cinco dignitários, que terão abusado da sorte em tempos incertos. Ciano (genro de Mussolini), De Bono, Pareschi, Gottardi e Marinelli foram julgados e condenados à morte num julgamento que durou dois dias. As execuções tiveram lugar 48 horas depois, no polígono de tiro do forte de San Zeno em Verona. É mais do que significativo que quem as anuncia é a agência noticiosa alemã DNB.
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