11 fevereiro 2013

É CARNAVAL, NINGUÉM LEVA A MAL

Há mais de cinco anos e meio (em Maio de 2007, ainda não havia crise…), alguém que se assina apereira2005 teve a amabilidade de carregar o vídeo abaixo no Youtube, destacando um momento de um recôndito telejornal com um pouco mais de dois minutos e meio de duração, onde se notícia a estreia como ficcionista (com uma obra intitulada Diário de um Deus Criacionista) daquele que viria a ser um controverso mas interessante ministro da Economia no futuro: Álvaro Santos Pereira. Assinale-se a coincidência das iniciais do autor da obra e de quem carregou o vídeo, que poderá não passar disso mesmo: duma coincidência…

Há cerca de cinco meses, alguém que se tem vindo a afirmar no firmamento da blogosfera, António Araújo, recupera no blogue Malomil o interesse por aquela mesma obra, entretanto relegada para um injusto esquecimento, como se comprova por aquela estampilha de 2,00 € na capa, algo que representa uma desvalorização de 89% sobre o preço inicial do livro, talvez sintoma da crise que o autor procura debalde resolver na sua outra faceta de economista. Igual a si mesmo, António Araújo escalpeliza (dolorosamente para os protagonistas) não apenas o conteúdo da obra mas também recensões e outra actividade promocional. Mas o assunto já voltara a morrer pela internet quando…
…subitamente Marcelo Rebelo de Sousa o ressuscitou – por assim dizer... – na sua intervenção semanal de ontem na TVI. Bem pode parecer que Marcelo não é um comparsa dos blogues, que não os lê (o que até nem é verdade…) ou que chega atrasado àqueles acontecimentos que são happenings blogonáuticos. Mas em frente das câmaras ele supera-se, tornando-se numa espécie de Lucky Luke da leitura (aquele que dispara mais rápido que a própria sombra): segundo as próprias palavras, esteve a lê-lo ontem à noite e ao segundo dia (lembremo-nos que mesmo Cristo esperou pelo terceiro para ressuscitar…) mostrava-se presto para comentar todas as suas 273 páginas nos 1:15s finais do seu programa.
Saboreava-se ainda o requentado dessa intervenção à despedida de ontem quando os Sinais radiofónicos de Fernando Alves na TSF desta manhã repegam por 2:25s o tema: Fernando falando de Marcelo a falar de Álvaro por causa do livro que este escrevera, juntando mais um elo à cadeia de comentários sobre um livro com mais de cinco anos e meio. Não deixou de ser patente perceber-se como qualquer das duas intervenções mediáticas, a televisiva e a radiofónica, terão ido buscar a inspiração ao texto e ao trabalho de pesquisa original de António Araújo, por acaso o único autor na cadeia que não foi remunerado pelo que fez… Mas no Carnaval é normal que ninguém leve a mal…

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