Em 1955, por ocasião das celebrações do 10º aniversário do final da Segunda Guerra Mundial e para Preservar a Memória do que haviam sido os horrores dos campos de concentração, um Comité oficial de historiadores franceses encomendou a uma equipa dirigida por Alain Resnais um pequeno documentário (que dura cerca de meia hora) sobre aquele tema, a que se deu o título de Noite e Nevoeiro (Nuit er Brouillard no original). Tendo sido extremamente elogiado, tanto do ponto de vista da estética cinematográfica quanto do valor documental, o documentário também se tornou conhecido pelas controvérsias que desencadeou.
Uma delas referiu-se à sua participação no Festival de Cannes da Primavera de 1956, competição de onde foi discretamente retirado a pedido dos alemães. Numa época em que conviria exaltar a unidade europeia (o Tratado de Roma, fundador da CEE, viria a ser assinado dali a cerca de um ano - Março de 1957), tornava-se inoportuno realçar esses horrores de um passado (muito) próximo… Uma outra controvérsia, associada a uma imagem simbólica do documentário (acima), onde se pode identificar o típico quépi dos gendarmes (sinónimo do envolvimento oficial da França de Vichy no Holocausto), foi também discretamente rectificado (abaixo)…
Uma delas referiu-se à sua participação no Festival de Cannes da Primavera de 1956, competição de onde foi discretamente retirado a pedido dos alemães. Numa época em que conviria exaltar a unidade europeia (o Tratado de Roma, fundador da CEE, viria a ser assinado dali a cerca de um ano - Março de 1957), tornava-se inoportuno realçar esses horrores de um passado (muito) próximo… Uma outra controvérsia, associada a uma imagem simbólica do documentário (acima), onde se pode identificar o típico quépi dos gendarmes (sinónimo do envolvimento oficial da França de Vichy no Holocausto), foi também discretamente rectificado (abaixo)…
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