Porque são raros, vale a pena dar o maior destaque possível aos momentos em que, em televisão, se proferem afirmações inteligentes e simultaneamente controversas porque críticas em relação ao próprio meio onde estão a ser expressas. Aconteceu na Sexta-Feira à noite, num outro programa combinado em homenagem aos 10 anos da SIC Notícias associando o Expresso da Meia-Noite e o Eixo do Mal, e o seu autor foi Nuno Artur Silva, o moderador deste último programa.
Disse ele substancialmente, enquanto se elaborava sobre a evolução sofrida de há dez anos para cá pela informação em televisão, que os comentadores, cuja presença é cada vez mais frequente, tendiam, com a sua comparência repetida e a previsibilidade das suas opiniões, a ser assimilados pelos espectadores a personagens de uma qualquer série de entretenimento e que se tornavam um desapontamento quando não se comportavam como era esperado, qual Bart Simpson que se portasse bem…
A analogia com Bart Simpson foi um acrescento meu, mas o resto da análise mostra da parte de Nuno Artur Silva, mau grado ele ser um participante no fenómeno, uma notável capacidade de distanciamento e de crítica, que apenas se pode elogiar. Mas o apogeu televisivo foi o Momento de Zen (na terminologia de Jon Stewart) que se lhe seguiu, com as expressões de verdadeiro curto-circuito cerebral de Ricardo Costa e Daniel Oliveira a quem, aparentemente, nunca tal ideia lhes havia ocorrido…
Com alguns egos amachucados o programa lá prosseguiu, com o obtuso Daniel Oliveira ainda a confundir o que fora dito com coerência (mas o Bart Simpson é incoerente?...) e eu fiquei a reflectir retrospectivamente sobre o verdadeiro significado daquele permanente sorriso de Nuno Artur Silva ao longo de todo o Eixo do Mal e quão deliberada pode ser a sua discrição no papel de figurante sério numa trupe de cómicos: Zeppo é o mais desconhecido dos irmãos Marx, mas era o agente dos irmãos…
Aqui, a ligação para o programa, que dura sensivelmente 1 hora. A intervenção de Nuno Artur Silva a que faço referência aparece sensivelmente aos 24 minutos.
Disse ele substancialmente, enquanto se elaborava sobre a evolução sofrida de há dez anos para cá pela informação em televisão, que os comentadores, cuja presença é cada vez mais frequente, tendiam, com a sua comparência repetida e a previsibilidade das suas opiniões, a ser assimilados pelos espectadores a personagens de uma qualquer série de entretenimento e que se tornavam um desapontamento quando não se comportavam como era esperado, qual Bart Simpson que se portasse bem…
A analogia com Bart Simpson foi um acrescento meu, mas o resto da análise mostra da parte de Nuno Artur Silva, mau grado ele ser um participante no fenómeno, uma notável capacidade de distanciamento e de crítica, que apenas se pode elogiar. Mas o apogeu televisivo foi o Momento de Zen (na terminologia de Jon Stewart) que se lhe seguiu, com as expressões de verdadeiro curto-circuito cerebral de Ricardo Costa e Daniel Oliveira a quem, aparentemente, nunca tal ideia lhes havia ocorrido…
Com alguns egos amachucados o programa lá prosseguiu, com o obtuso Daniel Oliveira ainda a confundir o que fora dito com coerência (mas o Bart Simpson é incoerente?...) e eu fiquei a reflectir retrospectivamente sobre o verdadeiro significado daquele permanente sorriso de Nuno Artur Silva ao longo de todo o Eixo do Mal e quão deliberada pode ser a sua discrição no papel de figurante sério numa trupe de cómicos: Zeppo é o mais desconhecido dos irmãos Marx, mas era o agente dos irmãos…
Aqui, a ligação para o programa, que dura sensivelmente 1 hora. A intervenção de Nuno Artur Silva a que faço referência aparece sensivelmente aos 24 minutos.
Sem comentários:
Enviar um comentário