Neste caso, falar de nostalgia é excessivo quando me refiro à série d´Os Flinstones. Lembro-me de ter visto aqueles desenhos animados pela primeira vez na televisão no ano lectivo de 1970/1971 (passavam à terça-feira), mas nas tonalidades do preto e branco do vídeo abaixo. Não lhes achava grande piada. A começar pela dobragem, que estava carregada pelo sotaque (a que então estávamos pouco habituados) do português do Brasil. Os desenhos eram toscos e medíocres: as mãos e os pés das personagens só tinham quatro dedos.
E o efeito cómico que resultaria da transposição do quotidiano para os tempos de um pretenso paleolítico perdia-se completamente porque aquele não era o quotidiano de uma família europeia típica. Como exemplo, o genérico inicial (mais acima) terminava com os dois casais num cinema drive-in (acima), algo que era completamente incomum na Europa, e que levava a grande maioria de nós a perguntarmo-nos qual era a utilidade daquela cornucópia que Fred Flinstone pendurava (aos 0:30) no tecto do carro…
Porém, este outro vídeo a p/b acima mostra-nos quanto o que então nos era dado assistir seria uma versão amenizada do original emitido para audiências norte-americanas que incluíam os patrocínios no final, como este aos cigarros Winston… O nosso genérico de encerramento era um outro monumento à estupidez (abaixo). Fred Flinstone passava por ser mais estúpido do que o seu tigre-dentes-de-sabre doméstico, ao ser despejado por este à porta de casa sem se lembrar depois de entrar pela janela como o bicho antes fizera…
Sem comentários:
Enviar um comentário